quarta-feira, 16 de maio de 2012

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O que você entende por Filosofia da Educação?



De acordo com o que já foi estudado na disciplina Estudos Filosóficos: Filosofia, Sociedade e Educação Filosofia é o estudo dos problemas fundamentais relacionados à existência, ao conhecimento, à verdade, aos valores morais e estéticos, à mente e à linguagem.
             Ao trabalhar esses assuntos, a filosofia se distingue da mitologia e da religião por sua ênfase em argumentos racionais; por outro lado, diferencia-se das pesquisas científicas por geralmente não recorrer a procedimentos empíricos em suas investigações. Ela se baseia na argumentação lógica, na análise conceptual, nas experiências de pensamento e outros métodos a priori.
         Já a Filosofia da Educação é um ramo do pensamento que se dedica à reflexão sobre os processos educativos, à análise dos sistemas educativos, a sistematização de métodos didáticos, entre diversas outras temáticas relacionadas com a educação e a forma de realizá-la. O seu papel primordial  é a compreensão das relações entre o fenômeno educativo e o funcionamento da sociedade, pois a educação acontece no mundo com seus inúmeros problemas e dificuldades.


Não sendo possível efetivar a educação de forma alheia aos problemas existentes, ela sofrerá  o impacto dos problemas do lugar e do momento histórico na qual está inserida.
        A Filosofia da Educação enquanto reflexão rigorosa, radical e global ou de conjunto sobre os problemas educacionais permite aos educadores a busca por melhores formas, métodos, processos para trabalhar a educação. Ela não os considera em si mesmos, mas enquanto imbricados no contexto educativo e numa determinada clientela.
        Concluindo é possível afirma que a Filosofia da Educação é a disciplina que visa auxiliar na busca de soluções para os problemas educacionais.


Bibliografia:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Filosofia





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Em que consiste a “Teoria dos dois mundos” defendida por Platão?



Platão, aluno de Sócrates, quem o inspirou na apreciação do Bem, levando em consideração as idéias de Sócrates, de Parmênides e de Pitágoras, além da teoria órfica (o corpo é o cárcere da alma), criou uma teoria, a Teoria das Idéias, que procura dar explicação às perguntas mais complexas da filosofia.
            Assim é, que ele acredita serem as Idéias Perfeitas o extrato da realidade, enquanto que o sensível (o que podemos sentir, usando os sentidos), que nos é dado pelo corpo, é um elemento que verdadeiramente atrapalha nosso espírito no conhecimento das Idéias Puras.
            Como? Assim: Platão cria dois mundos (idéia originária, em parte, de Parmênides), um chamado Mundo das Idéias, onde a idéia das coisas é pura e perfeita (segundo interpretou Aristóteles, aluno de Platão, essas idéias eram os conceitos das coisas), e outro que chama de Mundo Sensível, onde os sentidos apreendem as coisas apenas em parte, turvando as idéias puras das coisas.
            Exemplo: todos os professores de uma universidade podem se enfileirar diante de uma só classe de alunos. O que verão os alunos? Um professor alto, magro e mais velho, outro mais baixo, mais gordo e mais novo, uma professora mais bela, uma mais velha e mais séria, outro professor tão novo que parece um aluno, etc.. Ora, todos eles têm algo em comum: são professores. Porém, se os observarmos individualmente, não são iguais, e se os escutarmos, veremos que nem mesmo dão aula da mesma forma. Mas algo permanece: são professores. Muito bem, essa observação das diferenças físicas, didáticas, etc., dos professores, pode nos levar até mesmo a acreditar que muitos deles não sejam sequer professores, mas sim um avô, um pai, um aluno, um médico, etc.. Porém são professores. A idéia de professor, dessa forma, está sendo atrapalhada por nossos sentidos, que observam essas características individuais e turvam a idéia primeira, primordial, a Idéia de professor.
Para Platão, essa idéia de professor mora no Mundo das Idéias e as observações, no Mundo dos Sentidos. Essa idéia de professor é a verdade, o real puro, cristalino e ideal, atrapalhada por nossos sentidos, que observam as particularidades, turvando a visão clara que nosso espírito poderia ter das Idéias.
Platão afirmou não haver harmonia entre corpo e espírito (teoria órfica) e que o espírito, quanto mais livre dos sentidos do corpo, mais claramente será capaz de contemplar as idéias.
A busca por uma vida que anule ao máximo os sentidos, libertando o espírito para a contemplação das Idéias, é o que caracteriza o filósofo.

Dentre as Idéias, a mais elevada é a do Bem, e o esforço para alcançá-la caracteriza a maior das virtudes: a da Justiça.
Deus, o Demiurgo, fica entre os dois mundos (o das idéias e o dos sentidos), e tem um papel de organizador de ambos.
Platão usa a alegoria da caverna, metaforicamente, para explicar a teoria das idéias.
O mito da caverna fala dos homens acorrentados de costas para a entrada de uma caverna, olhando os reflexos bruxuleantes de uma fogueira em suas paredes internas. De fora, da boca da caverna, vem uma luz forte. As sombras seriam o mundo sensível, as correntes seriam os sentidos dados pelo corpo e a luz de fora, o mundo das Idéias.


Bibliografia



CHAUI, Marilene, Filosofia Novo Ensino Médio. Ed. Ática, 2005.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

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Explique em que consiste a Teoria da “Maiêutica” defendida por Sócrates.

Segundo Sócrates para sair do estado aporético exigia que o interlocutor abandonasse os seus pré-conceitos e a relatividade das opiniões alheias que coordenavam um modo de ver e agir e passasse a pensar, a refletir por si mesmo. Esse exercício era o que ficou conhecido como A maiêutica, tem como significado "Dar a luz (Parto)" intelectual, da procura da verdade no interior do Homem. Técnica através da qual se consegue observar como é que uma ciência desconhecida se transforma progressivamente numa ciência conhecida. No entanto, no diálogo Protágoras, a maiêutica não aparece. Segundo Platão, Sócrates fora buscar a sua arte da maiêutica a sua mãe que era parteira. Na Grécia clássica só as mulheres que já não podem dar à luz estão autorizadas a ajudar ao parto das outras. Sócrates considerava a sua arte como a arte de parturejar; só que agora são homens que dão à luz e é do parto das suas almas que se trata.  Sócrates revelava aos outros, aquilo que eles próprios sabiam sem de tal terem consciência. Ele pretendia que o seu questionamento sistemático levasse os outros a um ponto crucial de consciência crítica, procurando a verdade no seu interior, dando assim lugar ao "parto intelectual". A maiêutica é, assim, a fase positiva, construtiva, do método socrático que permite o acordo através das certezas universais obtidas pela definição após a discussão. Trata-se de um diálogo do primeiro período que se caracteriza pela ausência da teoria da reminiscência que serve de fundamento à maiêutica.



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Faça uma análise sobre o Método “Pedagogizador” e a prática educacional voltada para intersubjetividade.


Baseados no material da Disciplina Estudos Filosóficos: Filosofia, Sociedade e Educação o “Método pedagogizador” se resume a instruir, reproduzir um tipo de conhecimento que não é relevante para as reais necessidades do aluno. A ciência a ser ensinada significa submeter os conteúdos científicos a objetivos explícitos de cunho ético, filosófico, político, que darão uma determinada direção (intencionalidade) ao trabalho com a disciplina e a formas organizadas do ensino. Nesse sentido, converter a ciência em matéria de ensino, é colocar parâmetros pedagógico-didáticos na docência da disciplina, ou seja, juntar os elementos lógico-científicos da disciplina com os político-ideológicos, éticos.
 A Teoria da Ação Comunicativa concebe o espaço da escola como o lugar de exercitar a intersubjetividade entre aluno/professor/escola/família e comunidade, com o intuito de discutir os rumos da sociedade – indivíduo como sujeito e ator social, que reflete sobre os problemas da sociedade, interpreta, participam, dialoga, enfim, luta por interesses comuns.
 O modelo de educação calcado na intersubjetividade (conciliação de dois mundos – o do sistema e o da vida) é o mais apto para a construção de pessoas realmente esclarecidas, criativas e autônomas.
Uma educação guiada pela intersubjetividade tem em vista a valorização social, política, econômica e ética. Assim, a prática da intersubjetividade no campo da educação supera o modelo “pedagogizador” ao tornar indivíduos mais livres, autônomos, capazes de avaliar seus atos à luz dos conhecimentos, à luz das normas sociais legítimas, tendo propósitos lúcidos e sinceros, abertos à crítica.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

D25-5_ED04_LI

Faça uma pesquisa sobre a Filosofia Moderna  e discorra sobre a mesma, destacando suas principais características.


     A filosofia moderna coloca a razão, sujeito a exigências da fé na idade média, em liberdade e por fim á dependência do ser humano possibilitando seu esclarecimento, colocando o conhecimento ao seu alcance. Representa (na Europa ocidental) uma retomada do pensamento da antiguidade e libertação do conhecimento do controle da igreja poderosa dispensadora da graça divina na idade média.
    Na antiguidade Platão e Aristóteles visaram á formação de uma sociedade perfeita e feliz através da ação conjunta em prol do bem comum (ação política) na polis. Os habitantes da pólis foram considerados homens esclarecidos, esse esclarecimento foi reservado apenas aos cidadãos gregos, não foram incluídos as mulheres, as classes trabalhadoras e muito menos os escravos.
     A filosofia moderna e o iluminismo não restringiam o conhecimento a uma elite social, religiosa ou intelectual, o colocaram ao alcance de todos que desejavam sair da minoridade, da dependência do tutelar de outros.

Referência:
1.ABBAGNANO, Nicola História da filosofia, vol. VI. Lisboa - 1970

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A nova forma de pensar da Filosofia Moderna culminou no Racionalismo (René Descartes) e no Empirismo (Francis Bacon, John Locke, David Hume) e preparou, de certa forma, o caminho para o Criticismo Kantiano. Detalhe cada uma dessas correntes.

  O Racionalismo é uma doutrina que surgiu na era de 1300 antes de Cristo. Os filósofos racionalistas utilizaram a matemática como instrumento da razão para explicar a realidade.
            O racionalismo pode ser definido como uma corrente filosófica que teve início com a definição do raciocínio que é a operação mental, discursiva e lógica. Este usa uma ou mais proposições para extrair conclusões se uma ou outra proposição é verdadeira, falsa ou provável. Essa era a ideia central comum ao conjunto de doutrinas conhecidas como racionalismo.
            Ele é a corrente central no pensamento liberal que tem por objetivo estabelecer e propor caminhos para alcançar determinados fins. Esses fins são postulados em nome do interesse coletivo, que é a base do liberalismo e que se torna também a base do racionalismo.
             O Empirismo é uma doutrina que reconhece a experiência como a única fonte válida de conhecimento, em oposição à crença racionalista, que se fundamenta em grande parte na razão.
            O empirismo revelou-se na filosofia grega sob a forma sensualista, elegendo como seus representantes Heráclito, Protágoras e Epicuro. Na Idade Média seu mais significativo adepto foi Guilherme de Occam, que manifestou-se  então por meio do nominalismo, cuja tese central é a não-existência de conceitos abstratos e universais, mas apenas de termos ou nomes cujo sentido seria o de designar indivíduos revelados pela experiência.
              Com o empirismo surgiu uma nova e transcedental etapa na história da filosofia, tornando possível o aparecimento da moderna metodologia científica. Ele apresenta várias ramificações, mas mesmo assim é possível caracterizá-lo a partir de seis afirmações báscas que são:

  •  “ Não há ideias inatas, e nem conceitos abstratos;
  •   O conhecimento se reduz a impressões sensíveis e a idéias definidas como cópias enfraquecidas das impressões sensoriais;
  •   As qualidades sensíveis são subjetivas;
  •    As relações entre as ideias reduzem-se as associações;
  •    Os primeiros princípios, e em particular o da causalidade, reduzem-se associações  de ideias convertidas e generalizadas sob forma de associações habituais;
  •     O conhecimento é limitado aos fenômenos e toda a metafísica, conceituada em seus termos convencionais, é impossível.”

             Criticismo tem origem no alemão Kritizismus, representa em filosofia a posição metodológica própria do kantismo. Caracteriza-se por considerar que a análise crítica da possibilidade, da origem, do valor, das leis e dos limites do conhecimento racional constituem-se no ponto de partida da reflexão filosófica. Doutrina filosófica que tem como objeto o processo pelo qual se estrutura o conhecimento. Estabelecida pelo filósofo alemão Immanuel Kant, a partir das críticas ao empirismo e ao racionalismo. Influenciado pela leitura de Hume. Em especial pelas criticas que este faz ao dogmatismo racionalista. Kant(1724-1804) tenta encontrar uma solução que supere a dicotomia representada pelo ceticismo empírico e pelo racionalismo.O ponto de partida do kantismo é o problema do conhecimento, e a ciência, tal como existe.
             A ciência se arranja de juízos que podem ser analíticos e sintéticos. Os juízos analíticos são fundados no princípio de identidade, o predicado aponta um atributo contido no sujeito. Tais juízos independem da experiência, são universais e necessários. Os sintéticos, a posteriori, resultam da experiência e sobrepõem ao sujeito no predicado, um atributo que nele não se acha previamente contido  sendo, por isso, privados e incertos. 
     



Referencia:
JARDIM, Alex Fabiano Correa & BORGES,Gildete dos Santos et al. Filosofia da Educação.